terça-feira, 30 de outubro de 2012

Finalmente!!

    Graças a Deus!!! O sonho do Sheldon virando realidade! Spok fazendo uma visitinha... Não era mais que o esperado para um seriado nerd em que os personagens amam Star Trek! Vida longa e próspera!

Os casais perfeitos da Disney!

 
             

AAAH!



                              O tipo perfeito de imagem que me da vontade de começar a escrever uma história. Ah inspiração... Por que você é meio sombria?

Unha para Halloween.

   
       Ok... Macabro! Mas perfeito para quem não sabia o que fazer com suas unhas para o Halloween!!

Versátil!


                           Terei um desses!! Além de versátil fica suuper bonito! Adoro coisas rústicas!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tão fácil e tão fofo!


                                                               

                  Heey... Eu sendo a rainha má que há dentro de mim! Já estou sentindo saudades da temporada na Casa de Cultura Mário Quintana! Pela segunda vez hoje... Tempo... Pode voltar please? Obrigada amigos, parentes e conhecidos por estarem lá para nos ver ao longo desses três dias!

Saudade!



             Saudaaaades do dia em que eu fiz esse bolo!! Muitas coisas ainda não haviam mudado. Coisas que eu não queria que mudassem. Parece que o dia 11/03/2012 foi há 10 anos atrás!!! Tempo... Pode voltar por favoooor???

domingo, 28 de outubro de 2012


                            "Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver."
                                                                                     - Clarice Lispector - 

Lindo


   Neste exato momento, à 01h:40min da madrugada, eu gostaria tanto de estar nesse lugar, olhando para esse céu cheio de lanternas. Espero que daqui há alguns minutos, quando deitar minha cabeça em meu travesseiro e meus pensamentos voarem para longe, eu sonhe exatamente com isso.

sábado, 27 de outubro de 2012

Hello, Hello... Remember me?







             Eu andei pensando sobre coisas que nunca havia pensado antes.
            Descobri que talvez, minha paixão por palco seja uma forma que eu descobri de ser notada. Porque toda a minha vida foi isso o que eu quis. As pessoas nunca me vêem realmente, não notam a minha presença. Melhor, me vêem sem enxergar.
            Os refletores fazem as pessoas prestarem atenção. É a minha forma de dizer, “hey, eu estou aqui sabia”?
  


   Uma vez, sonhei de olhos abertos.
   Sonhei que meus sonhos haviam voado para fora da minha cabeça
   E vinham velozes atrás de mim.
   Sonhei com luzes em meu rosto.
   Sonhei com um reino.
   Não muito distante.
   Onde viviam princesas, rainhas, feras.
   Um reino sempre tomado por névoas.
   Sonhei que as luzes se apagavam e então vinham os aplausos.
   Havia lágrimas nos olhos das pessoas que me cercavam.
   Nem ao menos sabíamos ao certo como.
   O medo do depois estava presente.
   E depois...
   Sonhei com amigos e irmãos.
   Sonhei que eles nunca iriam embora.
   Sonhei com um momento congelado.
   E para cada lágrima
   Havia um sorriso.
 
 

sábado, 20 de outubro de 2012

Eu queero!



                                                          Não é a coisa mais fofa?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Smooth Criminal



Um estrondo assustou Annie. O que havia lá fora? Ela correu para ver o que era. Na janela, um galho batia no vidro, devido ao forte vento. Annie suspirou de alívio, que boba havia sido, assustar-se por tão pouco! Alguém bateu à porta. Annie deu um pulo, o coração na boca. Ela adiantou-se a atendê-la, mesmo com um certo receio. Alguém lá fora, ainda com a porta fechada, perguntou:
- Annie, você está bem?
Outra batida na janela, outro susto. Mas Annie sabia que era só um galho idiota. A pessoa do outro lado da porta do quarto insistia:
- Então, Annie, você está bem?
Quando ela estava prestes a responder, notou algo no chão. Rastros de sangue manchavam o carpete. Ela estava apavorada. A voz perguntou novamente:
- Annie, você não vai nos dizer se está bem? - os olhos de Annie estavam arregalados. De onde viera aquele sangue? De repente, ela sentiu seu cabelo molhado, levou a mão até a nuca. Ali, naquele ponto, havia sangue.
Então, como se fosse ajudar em algo, Annie correu para baixo da escrivaninha. Observava tudo com cautela, mas algo puxou seu tornozelo e a fez cair, deitada no chão. Ela afundou as unhas no carpete.
- Annie, quem está aí?
"Como se fosse ajudar", Annie pensou, apavorada. Ainda não havia visto nada com clareza, sua visão era turva e embaçada. Ainda puxavam-na pelo tornozelo, em direção à cama. Annie segurou-se na cadeira da escrivaninha, tentando levantar-se. Ela sabia que, fosse o que fosse, tinha vindo pela janela, tão suavemente que ela nem havia percebido. Como um criminoso suave.
Tão ingênua, Annie, pensando que era um galho batendo contra o vidro. Tão inocente, Annie o que ele queria com você?
- Annie, o que está acontecendo? - a maçaneta girava, mas a porta não abria. Ela começou a chorar, agora mais ainda. - Me diga Annie, é ele? Ele entrou pela janela? - "Sim", Annie queria gritar, mas não conseguia. Já havia pensado e não sabia como ele conseguira entrar pela janela de seu apartamento.
- Annie você está bem? - A voz insistia.
- Eu não sei - respondeu ela. Era só o que ela conseguira dizer, ela realmente não sabia o que fazer, nem o que dizer, só o que veio foi:
- Eu não sei porquê!
Ela sentiu lágrimas rolarem em seu rosto. Sabia que não havia nada que pudesse fazer, nada mudaria seu final. O frio do entendimento percorreu sua espinha quando se viu encarando dois sinistros olhos. Annie deu seu último suspiro: era seu fim. 
O criminoso suave a segurou pelos ombros e Annie soluçava nervosamente. Ele a virou de costas e ela sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Suavemente ele quebrou seu pescoço. Michael finalmente arrombara a porta, entrou perguntando se Annie estava bem, a encontrou caída, imóvel, branca, morta. Ele olhou para janela.
O criminoso estava longe. Seguro.

Você foi atingido, você foi derrubado, por um criminoso suave.

sábado, 31 de março de 2012

Melhor...

Sabe aqueles dias que você se acha um lixo? Você acorda super bem, super feliz e conforme as horas passam, quando está na hora de dormir, tudo está bem pior do que estava na noite anterior.
Sabe quando você acha que é aquilo que quer, mas se da conta que não é? Sabe quando você acha que é bom em alguma coisa, mas quando realmente resolve pensar, percebe que quase todos são melhores do que você... Em tudo?
Você pensa: "Amanhã é um novo dia! Amanhã será melhor", mas aí o amanhã vem!
Você anseia por algo horas e horas, nem consegue dormir, mas aí, quando o ansiado se realiza, você fica extremamente decepcionado. Decepcionado consigo mesmo!
Mas aí você sempre pensa: " Amanhã vai chegar! Amanhã eu serei melhor"...

segunda-feira, 12 de março de 2012

Resposta para ELA!

Oi minha linda! Meu anjo!

Só quero que saiba de algumas poucas coisas, que cabem em alguns parágrafos, mas repletas de verdade. Quero que saiba que todas as vezes que fui machucada, ferida, nocauteada pela vida, todas às vezes que chorei, senti que não encontraria meu caminho de volta à superfície. Todas as vezes que achei que estava no fundo, que nada mais daria certo, que me desesperei, que pensei que nunca mais seria a mesma, respirei fundo, pedi a Deus, com todas as minhas forças, que eu tivesse a força necessária para superar. E mesmo que certas tristezas me venham à mente volta e meia, eu sei que tenho um pouco da força dele, que se torna minha que me ajudará a superar todos os dias. Mas, sei que, não é apenas da força dele que me restabeleço continuamente. É também, graças aos meus amigos. Graças a ti, meu anjo encarnado.

Uma vez, lembro muito bem, me perguntaram, dois dias após uma perda, a razão que me levava a sorrir, já que eu devia estar triste, chorando ou ao menos séria. Também lembro que me surpreendi com a pergunta, com a insinuação de eu não sentia pela perda, com a afirmação de que eu deveria estar chorando. Olhei bem fundo nos olhos desta pessoa e respondi: “Você preferia que eu estivesse chorando?”. Ela não soube o que responder. Mas o que ela não sabia é que eu tinha chorado. Não tinha mais o que chorar e também não tinha mais porque chorar. Chega uma hora que não faz mais sentido. Chega à hora que temos que levantar a cabeça e seguir. E eu, que já sofri tantas perdas, perdas importantes para meu crescimento e desenvolvimento, aprendi a ser forte, mesmo que antes isso me derrube. Mas eu só consigo colocar um sorriso no rosto, pois sei que tenho à Deus e a ti, minha amiga.

Amiga que sabe ser forte. Amiga maravilhosa. Amiga que sempre esteve do meu lado, como eu sempre estive do seu lado. Amiga que eu sei, tenho certeza, que será para a vida e quantas outras vierem. Amiga que tenho muito orgulho de ter. Que sabe que pode contar comigo para tudo, que sabe tudo o que sinto e tenho guardado em minha mente.

Se não sabia de algo, que saiba agora. Saiba que sempre estarei aqui, não importando quantas voltas este mundo louco dê. Saiba que é uma irmã para mim. Saiba que é uma das minhas razões de sorrir. Saiba que chorei lendo sua carta. Saiba que me emocionei. Saiba que em seguida sorri. Afinal, não é assim que deveria ser?! Saiba. Simplesmente saiba que eu ainda sou uma garota, no meu caminho para virar uma mulher e que tu minha amiga, contribui diariamente para este meu progresso.

Apenas saiba que eu te amo muito. Demais. E que todas as palavras aqui escritas, ainda assim não conseguem dizer tudo o que minha mente e coração sentem.

Ficarei bem amor meu... Se você sempre estiver aqui para mim!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um lindo sonho!

Este é um dos sonhos feito filme que eu geralmente tenho. Venho escrevendo todos sonhos dos quais não quero esquecer. Este foi um dos mais bonitos e reais. Realmente uma história de livros de romance. Para tentar acompanhar o cenário desse sonho é preciso pensar em um cenário medieval, literalmente. Roupas, móveis, inclusive um castelo (onde começa o sonho)... Pois se passa na época medieval. A personagem principal (no sonho eu mesma) é uma princesa.
Um sonho épico
Quando entrei em meu quarto, nada enxerguei. Meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas que brotavam como uma cachoeira.
Eu não queria nada daquilo. Aquele lugar, todas aquelas relíquias e luxo. Eu queria apenas ser normal. Não queria aquelas pessoas vivendo comigo, não queria obedecer a horários e limites de adultos. Vinha sendo adulta desde minha infância. Nada, muito menos um palácio enorme, iria me fazer feliz naquelas circunstâncias.
Eu mergulhei em minha enorme cama. O único lugar ali onde eu me sentia segura e confortável. E mesmo assim, não era onde eu queria estar. Algo cintilou, enchendo a enorme e luxuosa suíte de luz. Era uma luz lilás, que eu conhecia tão bem.
Levantei-me e fui até a pilastra central de meu quarto. Era feita de uma pedra preciosa da qual eu não sabia o nome, nem origem. Base grossa, oval, conforme subia ao teto, afinava. Era tão roxa, que parecia preta. A luz irradiava de dentro dela. Indicando o caminho para o lugar que eu pertencia, não só naquele momento, mas em todos. Guiando-me para a alegria da minha vida. Para o único lugar em que eu nunca choraria.
Acariciei sua superfície, e algo lá dentro, como água cristalina, brilhou ainda com mais intensidade. Aquela luz tomou conta de mim e de todo o aposento. Sorri, percebendo que apenas o fato de tocá-la fazia com que as lágrimas parassem de rolar. Respirei fundo o ar de campo aberto, da campina dos meus sonhos, da maresia e da grama. Na colina à frente do mar. Eu ansiava por isso. Ansiava por meu destino.
Abri os olhos, olhei para o sol se pondo no horizonte do oceano enquanto o vento bagunçava meus cabelos. Ele também estava observando o esplêndido espetáculo. Quando sorri, como se pudesse ouvir o ruído dos meus lábios se separando, ele se virou, sorrindo também. Era o sorriso que me fazia lembrar de todas as coisas boas e esquecer de todo o resto. Era o sorriso que eu amava, no rosto do homem que eu amava.
- Camélia! – Ele sussurrou meu nome.
Corri. O mais rápido que pude, para os braços dele. Para ele. Seus braços fecharam-se em torno do meu corpo, em um eterno abraço que tirou-me do chão. A brisa marítima era forte ali em cima. Ele capturou meus olhos nos seus, pelo que podia ser a eternidade. Colocou uma das mechas de meu cabelo, que esvoaçavam ao vento, atrás de minha orelha e acariciou minha bochecha. Puxou-me ainda mais para seu encontro. Então seus lábios tocaram os meus. Eu estava novamente ao lugar onde eu pertencia. Estava em casa.
(Entre estes acontecimentos há outros fatos dos quais não consigo lembrar) ... Eu tinha que fazê-lo entender que ele era e sempre seria o único homem em minha vida. O meu único amor. Ulisses nunca seria esse homem. Então eu reli a mensagem no cristal uma última vez.
“Caros Sr. Alec e Sr. Ulisses,
Há tempo que deveria ter esclarecido todo e qualquer resquício de dúvidas a respeito de minhas escolhas amorosas (apesar ter certeza de que tal já teria sido constantemente afirmada).
No plano terrestre e atrevo-me a afirmar, no plano das almas não viventes tão pouco, a não ser a Deus meu pai, exista homem a quem meus sentimentos e alma pertençam a não ser ao homem de minha eternidade. Sim, refiro-me a eternidade no seu mais puro significado. Nesta vida, durante a morte e durante todas as outras vidas.
Meu coração é de um só. E mesmo se este rejeitar-me, durante tantas outras vidas, continuarei a confiá-lo meu coração. Meu amor é inexorável. E ele pertence à razão de meu viver. A pérola mais preciosa. Sem sombra de dúvidas, o cavalheiro a quem me refiro reconhece que és ele este homem. Mas, depois de tantos tropeços e erros de minha ingênua pessoa, estás a duvidar de meus sentimentos.
Sempre houve e sempre haverá apenas um homem em meu coração. Apenas um que tenha a chave para meus segredos. Apenas um que seja dono de minha alma. E seu nome é o nome mais nobre e lindo que meus lábios já ousaram pronunciar.
Alec.
Assim declaro.”
Enviei a mensagem o mais rápido que pude depois de relê-la. Agora, as outras únicas pessoas que tinham e que conheciam os segredos deste cristal, estavam lendo a mais pura e verdadeira confissão de meu coração. Um era o homem de minha vida, e o outro um erro.
Obs: A carta não era beeem assim, mas também minha memória de sonhos, quando acordo não é tão boa.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Paradise!

Quando ela era apenas uma garota
Ela esperava o mundo
Mas ele vôou fora de seu alcance
E as balas ficaram presas em seus dentes

A vida continua,
Ela fica tão pesada
O Ciclo da Borboleta se Rompe
Cada lágrima, uma cachoeira
Na noite, a noite turbulenta
Ela fechará seus olhos
Na noite
Na noite tempestuosa
Para longe ela voaria

E sonhos com o para-para-paraíso



Coldplay

Higher - Creed

Estranho... Tinha essa música guardada aqui! Adoro Creed, mas nunca tinha escutado esta antes. Era apenas ignorada por mim. E logo hoje, o título dela chamou minha atenção. Então resolvi escutá-la, e precisei ver a tradução que, mais estranhamente ainda, é exatamente o que eu penso e sinto todos os dias quando abro meus olhos.

HIGHER
Quando sonho sou guiado para um outro mundo
Várias e várias vezes
Quando amanhece eu luto pra continuar dormindo
Porque eu não quero deixar o conforto desse lugar
Porque tenho um desejo, uma ânsia de escapar
Da vida que eu vivo enquanto estou acordado

Então vamos lá
Vamos fazer nossa fuga
Venha, vamos lá
Vamos perguntar se poderemos ficar?

Você pode me levar bem mais alto?
No lugar onde cegos vêem
Você pode me levar bem mais alto?
No lugar com ruas douradas

Eu gostaria que o nosso mundo mudasse
Isso me ajuda a apreciar
Aquelas noites e aqueles sonhos
Mas meu amigo, eu sacrificaria todas aquelas noites
Se eu pudesse fazer o mundo e os meus sonhos serem a mesma coisa
A única diferença seria
Fazer o amor substituir todo o nosso ódio

Então vamos lá
Vamos fazer nossa fuga
Venha, vamos lá
Vamos perguntar se poderemos ficar?

Você pode me levar bem mais alto?
No lugar onde cegos vêem
Você pode me levar bem mais alto?
No lugar com ruas douradas

Então vamos lá
Vamos fazer nossa fuga
Venha, vamos lá
Vamos perguntar se poderemos ficar?

Lá em cima sinto como se estivesse vivo pela primeira vez
Ainda lá em cima eu estou forte o suficiente para pegar esses sonhos e torná-los meus (x2) Você pode me levar bem mais alto?
No lugar onde cegos vêem
Você pode me levar bem mais alto?
No lugar com ruas douradas


Avante!

Ela não sabia o que estava fazendo.

Mas toda palavra pronunciada

Era como uma apunhalada.

Ela não queria ouvir.

Mas não conseguia se afastar.

Ela queria correr...

Para longe daquele lugar.

Daquelas palavras.

Mas ela estava acorrentada a um enorme peso.

Invisível.

Que a obrigava a ficar ali.

Sentada.

Ouvindo tudo o que a deixava cada vez mais triste.

Menos confiante.

Ela não sabia o que a fazia se sentir assim.

Mas sabia que teria de superar.

Esforçar-se ao máximo.

Para que pudesse seguir em frente.

E mesmo se houver uma decaída.

Mesmo se no meio do caminho houver uma pedra.

Ela não vai desistir.

Ela precisa esquecer.

Ela precisa seguir.

E eles sempre correm atrás de quem não quer nada. Típico!

sábado, 3 de março de 2012

Degustação!

Não consegui me conter! Para quem se interessa, aí vai um outro pedacinho do meu livro! Ainda falta para que eu acabe ele e minhas idéias andam meio fujonas... Mas devagarinho eu termino ele. Ainda tenho que rever muitos erros e reescrever muitas partes! Mas um dia ele fica pronto!

Lucas me pôs com muito cuidado no espaçoso sofá marrom no canto da sala.

- Nós nos esbarramos, sem querer... Acho que ela torceu o tornozelo com muita força. - Ele falava tão sério. Foi difícil não rir da situação em que estávamos.

- Vejamos o que tenho para tratar deste tornozelo. – Ela pegou um banquinho e o botou ao meu lado, para que eu colocasse minha perna em cima dele.

Ela nem me examinou. Foi até o armário de madeira envelhecida, no canto oposto da sala e abriu uma de suas portas desbotadas, revirando-a de ponta a cabeça.

Coloquei minha perna, no banco que ela havia me oferecido enquanto esperava pela solução que ela acharia.

Lucas arrastou uma cadeira para frente do sofá onde eu estava esparramada, colocando-se de frente para mim. Ele sorria.

Percebi que de repente ele ficou inquieto. Seus olhos arregalaram-se. Ele estava me encarando. Seu olhar se voltou para minha perna – que estava em cima do banco e depois para meu rosto. Ele esperava que eu percebesse alguma coisa. Sua expressão ia da angústia para algo urgente.

- O que? – Sussurrei. Eu realmente esperava que ele fosse bom em ler lábios.

Ele apontou para minha perna em cima do banco. Espiando com o canto dos olhos a senhora que ainda vasculhava o armário.

Observei minha perna, aparentemente não havia nada de errado com ela. O que diabos ele queria me dizer?

- ãhn? – Sussurrei confusa, usando minhas mãos para tornar minha falta de compreensão mais perceptível.

Ele riu baixinho.

- É a outra perna... – Seus lábios moveram-se lentamente para que eu pudesse compreender.

A outra perna. Como assim a outra... Olhei para minha perna em cima do banco e de repente entendi tudo. Com o movimento mais rápido que pude fazer, troquei a perna em cima do banco, pela certa. Desta vez tentando me controlar para não rir.

- hummm! Acho que encontrei algo. – Murmurou a senhora vindo em minha direção.

Ela lia algo em uma bisnaga de pomada.

- Acho que isso vai ajudar. – concluiu ela.

Rapidamente, olhei para Lucas. Ele olhava o sol, pela janela aberta. O sol refletia em seu rosto e nos olhos azuis.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Aprendi...

Aprendi que,

Às vezes, mesmo que não seja isso o que queremos.

Mesmo que nos custe muito.

Mesmo que um pedaço da gente fique para trás.

Perdido nas profundas águas do passado.

Seguir em frente é preciso.

É preciso esperar pelo futuro de braços abertos.

Mesmo que o passado tenha nos obrigado a fechá-los em proteção.

Às vezes, aquele pedaço nunca mais volta.

E nós mudamos.

E aprendemos.

Mas, a essência daquele eu do passado continua viva.

Mudamos e não mudamos ao mesmo tempo.

Às vezes, nos vemos escondendo as mágoas nos sorrisos.

Mesmo que não haja sorriso verdadeiramente.

Mesmo com incontáveis e contínuas decepções.

O tempo não para.

E quando vemos.

O futuro está nos encarando.

E talvez aquele pedaço de nós mesmos.

Perdido.

Renasça.

Ainda mais forte.

Às vezes a alegria está nos lugares que mais desprezamos.

Às vezes a verdadeira felicidade está em nós mesmos.

Na nossa própria maneira de ser.